terça-feira, 26 de janeiro de 2010

o A.

O A. é um grande amigo meu. Conhecemo-nos já há 6 anos e meio, e sempre foi uma pessoa espectacular. Tenho uma grande consideração por ele, uma vez que como amigo, sempre soube estar a meu lado. Começámos inicialmente por falar apenas pela Internet, e durante alguns anos foi assim, até que há algum tempo começámos a estar um com o outro presencialmente, uma vez ou outra. A ideia que eu tinha dele nunca se desmoronou, antes pelo contrário: cada vez se tornou mais positiva. Ele sabia falar quando eu precisava, ele fazia-me rir quando eu estava triste, ele contava-me os seus segredos e aventuras, eu contava-lhe os meus também, eu ajudava-o a livrar-se das miúdas chatas que não o largavam, ele ajudava-me com os "ambrósios" da minha vida, passávamos noites inteiras a fazer directa, quase sem repararmos, por ficarmos apenas a falar um com o outro, e para rir nunca houve melhor. Conheci-o ainda no secundário, e ao longo desses três anos ele sempre foi um amigo presente (apesar da distância). Os amigos que fiz por lá, aqueles com quem lidava todos os dias, perdi o contacto da maioria. Mas o A. ficou... Fui para a Universidade. Coimbra, há três anos atrás, lá estava eu pronta a começar mais um capítulo, mais uma aventura, um bocado assustada com o que vinha daí, com o que o futuro reservava, com as pessoas que ia conhecer, com os amigos que ia fazer... Mas o A. sempre se soube manter presente, apesar de ausente. As noitadas de trabalho em frente ao computador, ficaram facilitadas com a companhia dele, ainda que virtual. As aventuras dos jantares de curso, as aventuras das bebedeiras, as aventuras por si só, todo o percurso foi partilhado com ele. Os dias de rir, os dias de chorar, os dias de ressacar, os dias de chuva, os dias de sol, os dias bons, os dias maus... tudo isso partilhado com o A. A universidade acabou. Ao fim de mais três anos, o A. continuava lá. Fui para outra cidade, retomei o estudo no ensino superior, e o A. foi das pessoas que mais me apoiou. Quase diariamente tenho uma mensagem do A., a contar-me as novidades, a querer saber das minhas, a partilhar o seu dia e a fazer-me rir como só ele sabe. Quase diariamente me dá o apoio que preciso para aguentar a nova vida, os conselhos dele estão sempre lá, a paciência dele nunca se esgota, a ajuda dele é garantida. O A. é o melhor amigo que eu podia pedir. O A. é daquelas pessoas que não faz ideia da falta que nos faz, daquelas ás quais devíamos dizer todos os dias "gosto de ti como tu és, como o amigo que és, como a pessoa que és", palavras essas que muitas vezes ficam por dizer, na esperança que não seja necessário, na esperança que a pessoa já o saiba. Mas hoje, o A. precisa de mim mais do que nunca. A vida dele acabou de virar as pernas para o ar, acabou de lhe pregar uma rasteira como ninguém esperava. Hoje, quem precisa de mim é ele: de mim e de todo o apoio que lhe possa dar. É ele que precisa da minha atenção, da minha amizade, da minha mão ao pé dele. O A. precisa de mim, e está na hora de retribuir toda a amizade que ele me deu durante seis anos e meio. Porque é nestas horas que se vêem os verdadeiros amigos, eu estarei lá para o apoiar. Um beijinho para o A., e um abraço do tamanho do mundo.
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