sábado, 12 de dezembro de 2009

é como se fosse...

Porque este texto não foi escrito por mim, mas é com se fosse...
Porque é exactamente a ansiedade por respostas que não chegam que mais custa.
Porque é a ausência de palavras que, por vezes, mais aperta por dentro.
Porque é tudo isso, fica aqui o registo daquilo que às vezes se precisa de ouvir.
"Vão dizer-te que isso vai lá com o tempo. Vão dizer-te, muitas vezes, que isso vai lá com o tempo. Não vais acreditar em nenhuma delas. Vais encolher os ombros por dentro, com a certeza absoluta que ninguém te entende. Que ninguém consegue perceber em quantas tiras está o teu coração rasgado. Na tua cabeça, vais rever tudo. Todos os dias. O que disseste, o que calaste, o que devias ter dito, o que ainda esperas poder dizer, o que ainda esperas poder ouvir. Exactamente três segundos depois de pensares que foi melhor assim, que antes agora que mais tarde, vais sentir que não. Que mais valia mais tarde. Que podia ter sido diferente. Que mais vale a solidão a dois do que esta, que vives agora sozinha. E depois volta a estar tudo bem. E pensas que foi melhor assim. E três segundos, exactamente três segundos depois, voltarás a ser a pessoa do coração às tiras. A chuva não ajuda. E sei que te sentes como o tempo lá fora. Mesmo que fosse verão, o teu quarto pareceria sempre cinzento ao olhares para o que sobrou. Agora parece pouco, com o tempo verás que é muito mais do que isso. Não queria ser mais uma a usar a desculpa do tempo, mas não tenho outra. Aliás, têm-me faltado as palavras. Faltam-me sempre, nestas ocasiões. E é por isso que, quase sempre, fico calada. Porque já estive aí e sei que não há palavras milagrosas. Porque sei que cada vez que o telemóvel toca são segundos de esperança infudada. E, depois, desilusão. Por isso digo o menos possível, porque sei que não são as minhas palavras que queres ler. O pior de tudo é isso. A expectativa. Os dias a passar e não acontece nada. Porque é que não acontece nada? Como é que não acontece nada? As perguntas multiplicam-se e atropelam-se. Há sempre mais perguntas, só não há ninguém para lhes dar resposta. Sei que não te vai apetecer dizer nada. Como sei que te vai apetecer falar, falar, falar, até à exaustão, na tentativa de encontrar alguma explicação que te faça sentido. Sei que não te vai apetecer sair da cama durante uma semana. Como sei que não vais querer parar um minuto, para não teres de pensar. Gostava de não dizer que isto passa com o tempo. Por isso prefiro não dizer nada.
Estou só a uma cadeira de distância. Dois números de diferença no telemóvel. E muito mais perto do que possa parecer."
Retirado de http://apipocamaisdoce.blogspot.com/

domingo, 6 de dezembro de 2009

domingo, 15 de novembro de 2009

Coimbra...

...Se eu voltasse atrás, por minha vontade trocava alguns anos desta vida, por um só dia nesta cidade!... .

domingo, 8 de novembro de 2009

Ela é quase tudo e mais alguma coisa...

E eu que já não venho aqui há taaaaaanto tempo... Com tanta coisa a acontecer, nem tenho tempo para me lembrar deste espaço! Ela é universidade nova; ela é cidade nova; ela é praxes de novo; ela é latada; ela é dores de dentes e desvitalizações; ela é pessoas novas; ela é pessoas "velhas" (mas com a importância e carinho de sempre); ela é a gata nova, (Pussy-Queen prá familia e amigos, Patanisca para quem não me conhece); ela é trabalhos atrás de trabalhos; ela é festas atrás de festas; ela é noitadas atrás de noitadas; ela é carta de condução... ela de momento é quase tudo... só não é blogger! Mas assim que der, volta a ser, juro prometo! XD
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sábado, 29 de agosto de 2009

...
Pois é. Parece que sou um bocado parva.
...

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Elevadores

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Ando a fazer um trabalho que me tira do sério. Não tenho a mínima paciência para o fazer, mas tem de ser feito. E enquanto pesquisava na internet a palavra "elevadores", encontrei um textinho sobre os mesmos que me pareceu bastante interessante, e que sugere 25 actividades para se fazer dentro deles (e não, não inclui posições sexuais). Pois então que era o seguinte:
1) Quando houver só uma pessoa no elevador, dê um toque no ombro dela e finja que não foi você.
2) Aperte os botões do elevador e finja que eles dão choque. Sorria e faça de novo.
3) Ofereça-se para apertar os botões para os outros, mas aperte os botões errados.
4) Segure a porta e diga que está esperando por um amigo. Depois de algum tempo deixe a porta fechar e diga: "Olá Zé! Como é que vais?"
5) Deixe cair a sua caneta e espere até que alguém se ofereça para apanhá-la; então aí grite: "Ei, é minha!"
6) Traga uma câmara e tire fotos a todos no elevador.
7) Traga uma mesa para dentro do elevador e quando alguém entrar, pergunte se marcaram hora.
8) Leve um Banco Imobiliário e pergunte às pessoas se elas querem jogar.
9) Deixe uma caixa no canto, e quando alguém entrar, pergunte se elas também ouviram um tique-taque.
10) Finja ser uma hospedeira e reveja os procedimentos de emergência com os passageiros.
11) Pergunte: " Você sentiu isso?"
12) Fique mesmo perto de alguém, fungando pelo nariz de vez em quando.
13) Quando a porta se fechar, diga: "Tudo bem. Não entrem em pânico. Ela abrirá novamente".
14) Mate moscas que não existem.
15) Diga às pessoas que você pode ver a aura delas.
16) Grite: "NINGUÉM É DE NINGUÉM...!! e apague as luzes",
17) Faça caretas enquanto bate dolorosamente na sua própria testa e murmure: "Calem a boca, vocês todos, calem a boca!".
18) Abra sua pasta ou bolsa, e enquanto olha lá para dentro, pergunte: "Têm ar suficiente aí dentro?"
19) Fique quieto e parado no canto do elevador, virado e observando a parede.
20) Encare outro passageiro por um tempo, e grite com horror: "Você é um deles!" e recue devagar.
21) Coloque uma marionete na mão e use-a para falar com os outros.
22) Pegue num estetoscópio e ausculte as paredes do elevador.
23) Faça barulhos de explosão com a boca quando alguém apertar um botão.
24) Encare outro passageiro por um tempo, e diga: "Estou usando meias novas".
25) Desenhe um pequeno quadrado no chão com giz, e diga para os outros: "Este é o meu espaço".

Enfim, eu acho que é bonito. Da próxima vez que me lembrar de ir a um centro comercial, já sei como me entreter, se não houver saldos em lado nenhum... Gosto especialmente do ponto 24 - o das meias - e do 15 - o das auras. Agora é esperar pela oportunidade. Num futuro próximo, quiçá perto de si...!
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Hoje cheguei a casa lá para as sete da tarde, tão cansada como se tivesse passado o dia a puxar carroças de palha, e lá me fui deitar para a minha sagrada sesta. Quando acordei, já às onze da noite, tinha na mesinha de cabeceira um presente do meu irmão - que voltou agora das suas férias - embrulhado em forma de rebuçado, com uns laçarotes todos bonitos. Enfim, querido que só ele! Era uma vela quase gigante, com cheiro a baunilha, toda bonitinha. Diz ele que é só porque o meu quarto cheira mal, mas eu sei que na verdade é só porque ele gosta de mim. Ok, se calhar o meu quarto até cheira mal, mas eu vou-me limitar à ideia de que ele gosta de mim e pronto.
E agora, às 2.56 da manhã, estou eu acordada a trabalhar que nem uma porca desalmada (bem, na verdade estou só a fingir que trabalho) e está ele no seu quarto a falar enquanto sonha. Tão giro. Acho que vou lá puxar por ele....... Muahahah!
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sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Óh óh!

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Por mim, era uma destas. Sem tirar nem pôr: assim roxinha, brilhante, linda... óh óh! Bem que podia ficar a pé nas subidas, mas pelo menos ficava a pé com estilo... Quando eu era pequena, ainda andava na primária, tinha um carro destes, na cor creme. E era lindo: era preciso empurrar de vez em quando, chovia lá dentro, passava por cima de qualquer buraco e fazíamos rally com ele de vez em quando... Chamávamos-lhe a "Catrela", nunca percebi bem porquê, mas deve ser alguma referência ao modelo (renault 4L) - afinal de contas era pequena de mais para entender o que fosse além de "isto é um carro, e serve para te ir buscar ao infantário". Mas era lindo e eu gostava muito dele. Até que foi vendido e comprámos um carro novo, e nunca mais me lembrei da Catrela, só tinha olhos para o (agora não tão) novo Mitsubishi. Agora, cada vez que passo por uma Catrela na rua, fico com vontade de voltar a ter uma, desta vez conduzida por mim. E é como digo... até podia ficar ficar a pé nas subidas... mas ao menos ficava a pé com estilo!!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O dialecto do “Aaaauurreeghh”

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Ontem fui ao dentista. Consulta de rotina que, a bem dizer da verdade, já estava a fazer falta... E o que mais me assusta nestas idas ao dentista, não são as quantidades de seringas de tamanho industrial que me entram pela boca dentro, nem a quantidade de utensílios que só me lembram bisturis, nem as dores que posso vir a ter enquanto estou naquela cadeira. Nada disso. Infelizmente passei por uma fase – a do espectacular aparelho – em que as idas ao consultório eram mais frequentes que os escândalos do José Castelo Branco, então, acabei por me habituar à situação. Até porque tenho a sorte de ter um dentista que a nível de dores, raramente me deixa ter razão de queixa - é um santo, aquele homem. Por isso ir ao dentista para mim é tipo... canja de galinha com iogurte de morango. O que realmente me assusta e intriga enquanto lá estou, e juro que saio de lá a pensar nisso, é a capacidade que os dentistas possuem de entender o dialecto do “Aaaauurreeghh”! Normalmente até vou “tão distraída” nos meus pensamentos que até saio sem pagar. Opá, coitadinha de mim, que “distraída” que eu sou! A porra é que a mulher da recepção não está assim tão distraída como eu gostaria, não. Mas adiante...

Desta vez, assim que cheguei, sentei-me na cadeira e lá veio a conversa do costume:
(M) - Olá doutor, tudo bem?
(D) - Olá Maria! Então, o que se passa por aqui?
(M) - Olhe, vim só pro me dar uma vista de olhos aos dentes do ciso!
(D) - Ora abre lá a boca para ver o que se passa...
E é aqui que para mim, começa a consulta e onde, na minha cabeça, a conversa devia acabar. Mas parece que afinal não! Para ele, até aqui foi uma simples introdução para toda uma conversa que me deixa... hm.... como hei-de dizer....? Parva.
(D) – Ora parece-me a mim que com os cisos está tudo bem. Não te doem pois não?
(M, de boca aberta) – “ão
(D) – Ah! Então vamos deixá-los sossegados, e se te começarem a incomodar passas cá outra vez! Mas estou a ver aqui um dentito que precisa de concerto! Óh dona Olga, passe-me aqui a anestesia.
(M, ainda de boca aberta) – “Im, exa à ixo xáxa-or!” (sim, veja lá isso, se faz favor)
(D) – Pronto, se te aleijar avisa. Está tudo bem?
(M) – “Im
(D) – Ok. Agora é esperar que a anestesia faça efeito! Não feches a boca, ainda tenho aqui a seringa! Então e como vão os estudos?
(M, com cara de “han? Quer mesmo meter conversa enquanto eu estou aqui de seringa na boca?!”) – “Ão em! À exou ùa-xe àca-ar!”
(D) – Já estás quase a acabar?! Ai como o tempo passa!! Estás em que ano? No terceiro não é?
(M) – “Im
(D) – pois, com Bolonha isto agora faz-se num instante! E estás a estudar o quê, já não me recordo...?
(M) – “Éhain
(D) – Ah! Design, pois é!
E é entretanto que a anestesia começa a fazer efeito...
(D) – Então e o que vais fazer a seguir, já sabes?
(M) - “Aaaauurreeghh
(D) – Outra licenciatura? Isso é só vontade de estudar!! Óh dona Olga, ponha-me aqui o aspirador de saliva, por favor...!
E então, temos o seguinte espectáculo: como ruído de fundo um fantástico ssssshhhhhuuuuuuuurrrrrr, proveniente do aspirador; eu de queixo caído na cadeira do dentista, com a lado esquerdo da cara completamente anestesiado e com umas pázinhas a andarem para trás e para a frente nos meus dentes; e uma luz tipo holofote-de-campo-de-futebol em direcção aos meus olhos. E o senhor doutor, sempre muito simpático e atencioso, lá prossegue com a sua pseudo-conversa (que no fundo não passa de um monólogo):
(D) – Então e o teu irmão que anda a fazer?
(M) – “Aaaauurreeghh” (ssssshhhhhuuuuuuuurrrrrr)
(D) – Ah está de férias, faz ele muito bem! Já acabou o curso dele?
(M) – “Aaaauurreeghh” (ssshuuuurrr), aauurreeghh (sshhhhhuuuuuuuurrrrrr)!
(D) – Ah pois, isto agora é assim!! Temos que fazer pela vida...
E isto era coisa para durar uma consulta inteira! A sério, como é que eles conseguem?! Como é que eles percebem?! Deve ser uma vida muito solitária, a de dentista, para se darem ao trabalho e ao esforço de manterem uma conversa destas... Ou isso, ou têm na faculdade uma cadeira chamada “dialecto Aaaauurreeghh”. Deve ser isso. Só pode! De certeza!
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terça-feira, 18 de agosto de 2009

Eis a questão

. Hoje ao almoço, em jeito de conversa, o meu irmão pergunta-me assim: -"Se não te chamasses Maria preferias que o teu nome fosse Bernardete ou Suely?" Eu acho que preferia morrer à nascença....... .

domingo, 16 de agosto de 2009

Ano Zero

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E pronto. Oficialmente começas hoje. Não sei ao certo para o que vais servir, se me vais servir de muito ou simplesmente dar dores de cabeça. De qualquer das maneiras não interessa: vamos lá ver onde isto vai parar!
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